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Redes Comunitárias

Fortalecendo os sistemas locais e alavancando parceiros confiáveis

Introdução

É fundamental colocar as comunidades no centro das próprias soluções, dando às pessoas o conhecimento, habilidades e recursos essenciais necessários para tomar decisões, baseadas em suas próprias vidas, e a confiança para exigir, dominar e impulsionar a mudança social. Fortalecer os sistemas de governança local e desenvolver a responsabilização, dentro do governo e das próprias comunidades, aumenta a participação, colaboração e voz da comunidade e gera resultados mais efetivos.

Um forte sistema local preconiza:

 – Incorporação da voz das comunidades no desenvolvimento de políticas e na tomada de decisões do governo;

 – Implementação de processos que garantam participação significativa e representação da diversidade da comunidade no projeto, implementação e acompanhamento do progresso;

 – Garantia de identificação de grupos marginalizados e implementação de mecanismos de inclusão, como comunicação bidirecional e feedback;

 – Promoção de novas lideranças e vozes diversas na tomada de decisões para reduzir as desigualdades de poder na comunidade.

A propriedade comunitária estabelece indivíduos que representam as aspirações de famílias e parentes, bairros e outras estruturas locais para compartilhar recursos e responsabilidades, a fim de ajudar a projetar e gerenciar projetos e programas que são importantes para eles. Quando são participantes ativos, há maior potencial para a manutenção de projetos e intervenções, benefícios compartilhados equitativamente e capacidade e confiança da comunidade fortalecidas, intensificando a prontidão da comunidade para enfrentar desafios mais relevantes e complexos.

"Sistema(s) local(is)” refere(m)-se aos conjuntos interconectados de protagonistas locais que influenciam ou têm interesse em um projeto, plano ou desenvolvimento. Esses protagonistas geralmente incluem diversos membros da comunidade (todas as habilidades, idades e identidades), organizações da sociedade civil, setor privado, acadêmico e governamental.

 

“Governança local” refere-se à forma como as decisões locais são tomadas e implementadas, incluindo aquelas relacionadas à prestação de serviços para crianças, adolescentes e suas famílias.

 

Benefícios e objetivos sociais/comportamentais

Benefícios

Fortalecer os sistemas locais e trabalhar com parceiros comunitários confiáveis é fundamental para a abordagem baseada em direitos humanos e para apoiar resultados como melhorar a qualidade e utilização de serviços, tornar a tomada de decisões mais responsável e transparente e aumentar a diversidade e representação da comunidade na formulação de políticas e práticas, capacitando pessoas e comunidades a terem voz nas decisões que afetam diretamente suas vidas e apoiando a distribuição equitativa de serviços. Consulte envolvimento comunitário.

Também é essencial ampliar o fortalecimento do sistema setorial, seja como parte do sistema geral ou como dois sistemas interativos que se apoiam mutuamente. Por exemplo, ampliar a responsabilização social dos sistemas setoriais, por meio do empoderamento de organizações e líderes comunitários, para representar os mais necessitados; facilitar a participação da comunidade na formulação de políticas; melhorar a qualidade dos serviços, através da melhoria da capacidade do agente comunitário de saúde; e fortalecer a capacidade de resposta a emergências, por meio do investimento na resiliência e preparação da comunidade.

É difícil imaginar qualquer projeto orientado para a comunidade que não se beneficie do fortalecimento sincero, e de longo prazo, dos sistemas comunitários e da colaboração de parceiros estratégicos locais.

Objetivos sociais/comportamentais

  • Comprometimento sistêmico. O estabelecimento de padrões básicos de engajamento ajuda a garantir que os critérios básicos e os padrões éticos sejam atendidos. Por exemplo
  • garantir inclusão suficiente: envolvimento não apenas com alguns indivíduos selecionados, mas com todas as capacidades, idades e identidades dentro de uma comunidade para a prestação de serviços adequadamente diversificados e responsivos, incluindo tomadores de decisão locais e líderes tradicionais (líderes e anciãos de clãs/parentescos, administradores, líderes religiosos, líderes jovens e líderes mulheres);
  • instituir processos de participação significativa e representação de diferentes membros da comunidade na liderança e na tomada de decisões, a fim de garantir que as vozes marginalizadas sejam ouvidas e reduzir as desigualdades de poder;
  • definir expectativas e padrões para identificar e incluir grupos marginalizados, a fim de garantir que suas necessidades sejam atendidas;
  • promover a comunicação bidirecional e processos de feedback mais amplos, a fim de envolver esses grupos e promover transparência, responsabilização e colaboração consistente;
  • ajudar as comunidades a entender e reivindicar seus direitos para garantir que os padrões básicos de engajamento sejam mantidos em todos os nossos sistemas.

 

  • Priorização da participação da comunidade na elaboração, implementação e avaliação dos programas. Ou seja, colocar as necessidades da comunidade em primeiro plano, recrutando organizações ou representantes comunitários, documentando as questões que mais os impactam e vinculando a pesquisa e a avaliação às estruturas da comunidade em um esforço para promover a responsabilização coletiva. Além disso, o investimento em treinamento e recursos apoiará os mobilizadores e os trabalhadores da linha de frente no engajamento com os membros da comunidade.
  • Integração do envolvimento comunitário em abordagens mais amplas de fortalecimento de sistemas.  Alinhar as abordagens de envolvimento comunitário com as estruturas, políticas, estratégias, orientações operacionais e estruturas de responsabilização do governo pode garantir que o envolvimento seja uma prioridade sustentada, em vez de pontual. Conquistar um espaço dedicado para o envolvimento comunitário pode exigir a criação ou fortalecimento de unidades dedicadas ao envolvimento comunitário, MSC e mobilização social, no nível ministerial e em vários setores, e/ou estabelecer uma plataforma de coordenação de parceiros para otimizar as intervenções de envolvimento comunitário.
  • Mobilização de recursos para um envolvimento comunitário significativo e de longo prazo. O envolvimento comunitário ponderado e de longo prazo precisa de dinheiro e mão de obra. Boas estruturas e políticas de gerenciamento e formação de equipes são vitais para apoiar as atividades de envolvimento. Uma porcentagem do orçamento deve ser alocada para ações de envolvimento comunitário alinhadas com os planos nacionais.

 

Exemplos de intervenções de envolvimento comunitário

Todos esses programas identificaram as necessidades reais das populações desfavorecidas e descobriram como envolvê-las. Ao longo do caminho, outros desafios, enfrentados anteriormente pelas mesmas populações, foram atenuados à medida que as transferências móveis de dinheiro se expandem, os sistemas solares aumentam e as crianças são imunizadas.

 

Etapas de implementação e lista de verificação

É importante entender e respeitar a estrutura, os sistemas socioeconômicos e jurídicos, as normas e os valores das culturas e comunidades. É dentro desses sistemas que as mudanças sociais e comportamentais podem ser implementadas e mantidas. Esse entendimento pode ajudar a evitar comportamentos não planejados, não supervisionados e sem suporte que desencadeiam resultados inesperados do programa.

Esquema etapa a etapa:
  • Compreensão do desafio do ponto de vista do usuário e da comunidade
  • Mapeamento das principais partes interessadas/especialistas
  • Compreensão da rede social da comunidade
  • Parceria com membros confiáveis da comunidade
  • Criação de soluções coletivamente com a comunidade
  • Parceria com membros confiáveis da comunidade como canal de intervenção, desenvolvendo capacidade para estabelecer a responsabilização e atualizando a intervenção com base na mudança de contexto
Dicas para fortalecer os sistemas locais, estabelecer a responsabilização, e aproveitar parceiros de confiança: 

a) Selecionar parceiros relevantes

b) Estabelecer e institucionalizar mecanismos de feedback/escuta

c) Basear-se na estrutura de conhecimento existente para desenvolver uma solução de acordo com a comunidade

d) Melhorar a capacidade institucional para o diálogo comunitário e técnicas de participação

e) Ativar mecanismos de monitoramento entre pares

f) Desenvolver confiança entre as partes interessadas relevantes no nível da comunidade

g) Estabelecer mecanismos de coordenação relevantes e eficazes

h) Planejar o envolvimento do sistema local no nível da política

i) Gerar evidências para provar a eficácia da responsabilização do parceiro local e sua capacidade de adotar e promover comportamentos organicamente

 

A tabela abaixo demonstra um exemplo de processo para o empoderamento da comunidade e as ações que diferentes protagonistas podem realizar em diferentes níveis.
 

Nível

Exemplos de desafios

Exemplos de lições aprendidas

Exemplos de soluções

Comunidade (parceiros)

• Presença da doença

• Não há medicamento

• Atitude cética inicial em relação ao medicamento ou a quaisquer intervenções novas

• A maneira de resolver o problema versus a maneira do programa

• Compreensão do processo de tratamento através da mobilização e educação

• Treinamento de membros da comunidade para distribuir o medicamento

• Conhecimento e confiança dos próprios membros da comunidade/família

Níveis intermediários (parceiros)

• Atitude cética em relação ao tratamento dirigido à comunidade

• Falta de pessoal

• Problemas de custo

• Compreensão do que as comunidades sabem do problema e como o resolvem

• Compreensão de que não podem fazer tudo sozinhas e, por isso, precisam do auxílio de membros da comunidade

• As comunidades podem fazer várias coisas por si mesmas em quase todos os programas

• Treinamento de profissionais e líderes de saúde

• Seleção e treinamento de trabalhadores adequados selecionados e dirigidos pela comunidade

Serviços de saúde nacionais/distritais (parceiros)

• Atitude cética em relação ao tratamento dirigido à comunidade

•Falta de pessoal

• Problemas de custo

• U]Compreensão do papel na manutenção das atividades do programa

• Some local resources and solutions exist at these levels

• Identificação dos recursos internos necessários nesses níveis

• Identifying required external resources

Agências da ONU (parceiros)

• Atitude cética em relação ao tratamento dirigido à comunidade

• Recursos humanos limitados

• Problemas de custo

• Conhecimento do que as comunidades podem fazer por si mesmas

• Importância das intervenções dirigidas à comunidade

•Melhoria do ativismo de intervenções dirigidas à comunidade

• Monitoramento regular do programa

Avaliação

As evidências sugerem que os programas ou intervenções que fortalecem as relações locais e desenvolvem a capacidade local têm maior probabilidade de serem sustentáveis.Os sistemas de avaliação precisam monitorar e analisar tanto os produtos quanto os resultados das intervenções comunitárias, bem como as condições que permitem que ocorra a apropriação comunitária e o fortalecimento dos sistemas.

Os sistemas de avaliação envolvem:

  1. Expandir a concepção de um resultado para incluir os principais atributos de um sistema que funciona bem e os resultados que ele produz.
  2. Desenvolver maneiras confiáveis de avaliar esses atributos.A adição de medidas de durabilidade, e adaptabilidade do sistema aos indicadores existentes de resultados do projeto, oferece uma base mais criteriosa para avaliar a eficácia dos investimentos e para relatar o progresso no cumprimento das metas de curto prazo e na obtenção da sustentabilidade de longo prazo.

Para orientação sobre como coletar insights sociais e comportamentais,consulte esta ferramenta

 

Parcerias

Os parceiros devem incluir todas as partes interessadas em todos os níveis do programa.Exemplos:

  • Partes interessadas em nível nacional/de políticas, incluindo agências governamentais e da ONU. Responsáveis por alinhar as abordagens de envolvimento comunitário com as estruturas, políticas, estratégias e orientações operacionais do governo; defender o desenvolvimento de estratégias que imponham vozes, em nível comunitário, na tomada de decisões do governo; e apoiar o desenvolvimento de uma plataforma de coordenação de parceiros para otimizar as intervenções de envolvimento comunitário.
  • Estruturas de governo distritais e locais no nível dos sistemas. Responsáveis por implementar processos para garantir participação significativa e representação da diversidade da comunidade na elaboração, implementação e acompanhamento do progresso; e para mapear e contatar organizações parceiras locais, líderes tradicionais e influenciadores durante o planejamento e preparação de intervenções.
  • ONGs nacionais e internacionais. Responsáveis por defender os direitos das comunidades e trazer diversas vozes e perspectivas para o público nacional e internacional.
  • Organizações de base comunitária. Responsáveis por identificar grupos marginalizados e implementar mecanismos de inclusão, como comunicação bidirecional e feedback mais amplo; promover novas lideranças e diversas vozes (incluindo as mais vulneráveis) na tomada de decisões para reduzir as desigualdades de poder baseadas na comunidade; e ajudar as comunidades a conhecer e reivindicar seus direitos.

 

Principais recursos


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